terça-feira, 15 de novembro de 2011

Marcha contra a Corrupção: edição RONDÔNIA【S.RÏVER】



Aconteceu nesse dia 14 de novembro de 2011, véspera do feriado da Proclamação da República, a primeira Marcha Contra a Corrupção Edição Rondônia.

O evento teve concentração a partir das 15:00h na praça Jonathas Pedrosa no Centro de Porto Velho, partindo em caminhada por volta das 16:00h pela Av. Sete de Setembro até à Av. Marechal Deodoro, na qual continuou até a Av. Carlos Gomes e a partir dessa até o Parque Madeira-Mamoré.

Durante toda a caminhada os organizadores no alto do caminhão de som diziam mensagens de repúdio à corrupção, e uma delas muito interessante “Não temos que ter medo dos corruptos, mas são eles que devem ter medo de nós (povo)”. Também disponibilizaram um microfone para que qualquer participante pudesse dar o seu recado, recados e mensagens estas que podiam ser escutadas por todos que passavam pelas avenidas percorridas e arredores.

A iniciativa de se promover um evento como esse contra a corrupção é demasiado louvável, pois é sabido que Rondônia é um dos estados mais corruptos do Brasil, sendo lamentável que tal característica seja atribuída a este estado, entretanto é mais pura e dura verdade. Tanto às vésperas da Marcha Contra a Corrupção acontecer foi noticiado que fica em Porto Velho “o pior hospital do Brasil”, o Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, local em que trabalhadores; pais de família são tratados de maneira desumana pelo Estado em condições precárias que agridem muito fortemente a dignidade da pessoa humana, sendo o mais contraditório e lastimável o fato de que o governador do Estado de Rondônia é um médico, isto é, em vez de zelar com todo carinho e primazia pela saúde pública do Estado o mesmo parece rasgar o Código de Ética Médica diante do povo rondoniense.

Rondônia, assim como nosso país é um estado muito rico, entretanto seu povo não usufrui de toda essa riqueza pelo simples e absurdo fato de que “rios de dinheiro” são desviados dos cofres públicos para os bolsos de agentes políticos que tratam o erário público como se fosse seu, ao ponto inclusive de desviar grandes quantias de recursos que deveriam otimizar a educação pública, aparelhar a polícia, tornar a saúde pública de Rondônia algo no mínimo humano, entre muitas outras utilidades que cobririam as necessidades do povo. A praga da corrupção que assola o estado de Rondônia principalmente no Poder Executivo, mas também no Legislativo e não muito expressivamente no Judiciário impedem que Rondônia seja como deveria ser, um estado rico e muito bem estruturado para seu povo!

Por isso a necessidade de se denunciar qualquer indício de corrupção, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, o importante é levar tais fatos aos órgãos competentes, como o Ministério Público, pois tal instituição é tida como uma Função Essencial à Justiça sendo conhecida também como Fiscal da Lei, portanto cabe ao Ministério Público receber e apurar qualquer denúncia de irregularidades ou mesmo ilegalidades em qualquer dos poderes estatais.

O Ministério Público é um órgão uno, mas permite divisões que agilizam e tornam mais fácil é pratica a sua atuação, daí a existência do Ministério Publico Estadual de Rondônia, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho... Quanto ao primeiro, o MPE/RO, este na Capital conta com Promotorias especializadas como a Promotoria da Saúde, Promotoria da Infância, Promotoria da Defesa do Patrimônio Público e Probidade Administrativa, entre outras que estão sempre prontas a receber denúncias e queixas de qualquer do povo, seja anônima ou não, seja pelo site da instituição ou pessoalmente no prédio sede do MPE/RO (Rua Jamari com Rua José Camacho, nº 1555, Olaria – Porto Velho), ou ainda nas Comarcas no interior.

Diante disso precisamos atribuir a parcela de culpa em tudo de ruim que está acontecendo à própria sociedade, pois diante dessa situação caótica em que a corrupção estende seus tentáculos a todos os setores e instituições do estado, devemos responsabilizar o povo na medida do seu silêncio; na medida da sua omissão; na medida de sua inércia. A Marcha contra a Corrupção procurou justamente evitar esse comportamento permissivo da sociedade portovelhense, sendo mais um passo que busca acordar toda o povo para o que está acontecendo, como também incentivar o exercício da denuncia e da exigência do respeito e lisura para com a coisa pública por parte de nossos agentes políticos. Parabéns aos idealizadores, como também a todos aqueles que colocaram o projeto em prática, e também aqueles que participaram dessa manifestação que com certeza acontecerá muitas outras vezes.

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