quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

EFMM100anos | Logomarca & Comitê


Nesta quinta-feira (16.02.2011) aconteceu no Hotel Madeira-Mamoré, no Centro de Porto Velho, o lançamento da logomarca do Centenário da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) e também do Comitê Pró-Candidatura da ferrovia para Patrimônio da Humanidade!

Na solenidade, que contou com a presença de algumas autoridades, artistas locais e a imprensa, foi anunciado que 2012 será o ano dedicado ao centenário da Madeira-Mamoré, e também foram noticiados alguns projetos que ajudarão a promover o turismo em Rondônia, como a continuação da reforma do Complexo Madeira-Mamoré, a reativação de dois trechos da ferrovia para fins turísticos, sendo o primeiro de Porto Velho á Hidrelétrica de Santo Antônio, e o segundo de Guajará-Mirim ao povoado do Iata, além da construção do Museu Internacional da Madeira-Mamoré em Guajará-Mirim.

O Comitê Pró-Candidatura da EFMM a Patrimônio da Humanidade pela UNESCO trabalhará na divulgação da proposta junto à população de Rondônia, buscando levar a todos a grande importância histórico-cultural que esta  estrada de ferro tem para todo o estado de Rondônia e para o nosso país, como o fato de ter sido construída com investimento e mão-de-obra estrangeira (mais de 50 nacionalidades entre brasileiros), ter promovido o povoamento e consequente desenvolvimento econômico dessa região do país, entre muitos outros fatos e peculiaridades que fazem da Madeira-Mamoré uma obra grandiosa de histórica demasiada interessante, empolgante e fascinante.

Até o momento o projeto de tornar a Madeira-Mamoré um Patrimônio da Humanidade já tem o apoio de muitas instituições públicas e privadas, incluindo a imprensa, e também das Embaixadas do Reino Unido e Estados Unidos, cujos embaixadores se comprometeram a visitar o estado de Rondônia ainda nesse ano de 2012.

Tornar a Madeira-Mamoré uma herança mundial seria uma forma de fazer justiça a todas aquelas pessoas de diversos países que estiveram envolvidas nessa árdua construção, contribuindo significativamente para a conclusão dessa ferrovia que é tida como a primeira megaobra da Amazônia, sendo também responsável pela criação de Porto Velho, a querida capital do promissor Estado de Rondônia.

Logomarca oficial do Centenário da Madeira-Mamoré

Selos do Centenário da Ferrovia Madeira-Mamoré

2 comentários:

Redação e Vestibulares disse...

É até engraçado essas comemorações, pois em uma visita com alunos do JBC ao Museu da EFMM nesta semana percebeu-se o descuido total com tudo aquilo lá e a pergunta que mais ouvi de meus alunos foi:Onde foi apicado os milhões divulgado na recuperação da EFMM? piso com buracos, as peças totalmente empoeiradas, paredes cheia de teias de aranha, fotos exposta nos beirais em total poeira, entulhos em parte do salão... Confesso que eu como cidadã senti vergonha em tentar levar aos meus alunos a importância da preservação do patrimônio cultural,Como mostrar a importância se em pouco mais de uma ano da recuperação o museu já se encontra naquele estado lamentável????Cadê a administração do local????A Fundação Iaripuna não é a responsável???? Falar na teoria sobre preservação é muito fácil,mas cuidar e preservar realmente parece ser algo impossível em Porto Velho.Uma vergonha principalmente a pessoas que vem de fora fazer visita naquele local pois enquanto a EFMM é valorizada lá fora por sua importância e contexto histórico, aqui o que se vê é uma total falta de competência dos munícipes e das autoridades.Então uma pergunta fica no ar: Estão comemorando o quê? 100 anos de incompetência em preservar o patrimônio???????

Sáimon Rio disse...

Recebi sua mensagem referente ao descaso para com a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), e realmente a senhora está certa em suas palavras, entretanto isso não deve ser relacionado como razão para não comemorarmos o Centenário da EFMM, ou mesmo para prestarmos homenagens às inúmeras pessoas que estiveram envolvidas nessa grande obra, pessoas estas que deram as suas vidas para que tudo isso ficasse pronto, mas que infelizmente por incompetência e irresponsabilidade do nosso país veio a perecer em meio ao abandono e descaso, o que infelizmente em pleno século XXI ainda acontece. A exemplo cito os vagões da EFMM que ficam expostos no meio da praça já revitalizada, onde à noite pessoas se drogam, têm relações sexuais ou usam como banheiro sem que ninguém impeça. E é com tristeza que relato isso e com constrangimento que vejo os turistas de dia curiosos se deparando com uma "porcaria" em algo que deveria ser uma atratação agradável.

O centenário a ser comemorado; o bem que pleiteamos se tornar Patrimônio da Humanidade não é o conjunto de galpões mal conservados, maquinários enferrujados, locomotivas mal cuidadas ou o parque depredado, mas sim, e principalmente a HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DESSA FERROVIA, A EPOPEIA QUE FOI SE AVENTURAR EM MEIO A IMENSIDÃO DA FLORESTA PARA CONSTRUIR UMA VIA FERROVIÁRIA SUPERANDO AS INÚMERAS DIFICULDADES. TAMBÉM PRECISAMOS HOMENAGEAR AS PESSOAS QUE ESTIVERAM AQUI (ONDE NÓS ESTAMOS HOJE) TRABALHANDO PARA QUE TUDO ISSO FOSSE UMA REALIDADE, EM NENHUM MOMENTO IMAGINANDO QUE NO FUTURO SEUS DESCENDENTES VIRARIAM AS COSTAS PARA TUDO QUE ERGUERAM A CUSTAS DE SEUS ESFORÇOS E MUITAS DAS VEZES DE SUAS VIDAS.

Apesar de valorizarmos e enaltecermos a história não podemos também abrir mão de cobrar de nossas autoridades a conservação dos bens materiais, pois é esse acervo que também nos ajuda a lembrar dessa grande obra. Por isso não tiro a razão da senhora em criticar o descaso que acontece ali.

Aproveito o ensejo para fazer um apelo a senhora e muitos outros: não sejam contra às comemorações ou às festividades do Centenário da EFMM, mas saibam que elas em nenhuma hipótese celebram a negligência de quem deveria tomar conta da Madeira-Mamoré, mas tão somente homenageiam a memória dos nossos heróis que estiveram empenhados na sua construção fazendo desta ferrovia a primeira mega-obra da Amazônia. E não deixem de manter seu pensamento crítico quanto à preservação de tudo o que sobrou desta via férrea, e sugiro até que encaminhem e-mail's com esse teor de revolta e insatisfação à própria prefeitura de Porto Velho, ou ao Governador do Estado, ou então às secretarias estaduais e municipais de cultura e turismo através dos respectivos sites institucionais.

Obrigado pela atenção,

PS: nesse link apresento a mensagem que protocolei no Gabinete do Prefeito reclamando do descaso que aconteceu no Parque Madeira-Mamoré poucos dias depois de sua reinauguração (não recebi qualquer resposta).
Vale a pena dá uma olhada:

http://saimonrio.blogspot.com/2011/01/mensagem-encaminhada-ao-prefeito-de.html